Esperamos que o recorde seja quebrado o quanto antes!
É disso que trata a matéria, "Sobe o número de doações de órgãos no estado", da jornalista Taís Mendes de 28/11/2011 para O Globo. (não encontramos o link da matéria)
Atenção, apenas, para alguns detalhes:
1. A quebra do recorde se deve à qualificação de profissionais ligados ao setor e à sua remuneração. Mas isso acontecia em 2004. Deixou de acontecer na gestão de Ellen Barroso (gestão desastrosa para o setor de transplantes do Rio) - aquela que estava mais preocupada com o Dr. Joaquim Ribeiro Filho do que com a gestão efetiva daquilo que lhe dizia respeito (veja a situação da fila e a queda no número de transplantes)
2. Vamos esquecer, então, que um projeto que dava certo - sem todo o investimento do atual PET (Programa Estadual de Transplantes) - foi desmantelado e ninguém foi responsabilizado por isso?! Vamos esquecer que quem denunciou o problema é que foi perseguido?!
3. Vamos lembrar que o disque-doação nunca foi, propriamente, o grande problema. A questão era a incapacidade do sistema de gerenciar a captação. Basta ver a quantidade de denúncias sobre doações que não puderam ser realizadas pela demora na ação da antiga gestão dos transplantes. Trata-se, agora, de melhoria na gestão. Alguém que entende da questão, resolveu voltar ao que era básico na área (o aperfeiçoamento do modelo de gestão de 2004 e que foi totalmente desmantelado por questões políticas).
4. Veja a diferença de tratamento dado pelo Ministério Público Federal ao Dr. Joaquim Ribeiro Filho (que denunciava essas falhas de gestão) e o tratamento dado aos gestores da Saúde no Rio. É possível deduzir: mandar prender um médico, sem direito de defesa, é muito mais fácil. Prenda e entregue para a imprensa. Já se foi a época em que jornalistas, em algum momento, procuravam investigar o que lhes diziam as fontes oficiais.
Vejam o caso desta reportagem do Globo-Repórter sobre os transplantes no Rio. Como é possível uma "cobrança" de três anos? Sem nenhuma conseqüência? :
Pacientes do Rio enfrentam longa espera para transplante de córnea Globo Repórter 11/11/2011 (mesmo mês da reportagem de Taís Mendes)
Já no Rio de Janeiro, a espera ainda é longa e dolorosa. Há três anos o Ministério Público Federal cobra a abertura de bancos de olhos e serviços de transplantes.
“O processo continua e nós estamos o tempo todo alimentando com informações atualizadas e buscando uma decisão definitiva que obrigue o estado a implantar banco de olhos, um, dois, três ou quantos forem necessários para atender à demanda do Rio de Janeiro e acabar com essa fila. Temos exemplos de outros estados onde a fila foi encerrada exatamente por um trabalho bem organizado e estruturado que a gente ainda não vê aqui”, explica a procuradora da República Aline Caixeta.
A equipe do Globo Repórter foi até local onde o governo do Rio de Janeiro montou sua central de transplantes. Enquanto outros estados comemoram porque conseguiram zerar a fila, o Rio está começando praticamente do zero.
“Eu acho que uma qualidade que o gestor público deve ter é reconhecimento de erro. Então, uma vez que a gente reconheceu que está errado, por que não começar do zero? É o que a gente está fazendo mesmo. E a nossa meta não é pequena, não é somente atingir a média nacional, que é o que a gente tem obrigação de fazer, mas é estar entre os líderes, porque o estado é líder e deveria ser líder também na saúde”, afirma Eduardo Rocha.
O Dr. Eduardo Rocha reconheceu, também, (pelas suas ações na Central de Transplante) que a gestão da antiga coordenadora do sistema de transplantes estava muito, mas muito errada. Só que não precisava começar do zero, não é mesmo? Bastava voltar a 2004!
5. O presidente da Associação dos Doentes e Transplantados Hepáticos do Rio comenta que o "grande problema" nos transplantes de fígado é a existência de duas equipes apenas. Talvez seja verdade, mas é preciso verificar,não é mesmo?! As duas equipes ajudaram a bater um recorde em 2004 e vão ajudar a bater um recorde em 2011! Essa é a realidade.
Mas há uma coincidência estranha: esse argumento é igual aquele que foi utilizado pela antiga coordenadora do sistema de transplantes para justificar seus índices pífios. Como explicar isso?
Os transplantes eram poucos porque havia apenas duas equipes. Agora, as equipes ajudam a bater recordes e o problema continua sendo elas. Não se perguntou nada naquela época, muito menos agora.
6. Ações como estas são importantes e merecem apoio. Esse post só foi escrito para que se preste atenção no tipo de cobertura que tem sido feita do setor de transplantes no Rio e de tudo aquilo que diz respeito ao Dr. Joaquim Ribeiro Filho.
Ver: Por que ninguém toma uma atitude?
Ano Eleitoral?
Quem dizia isso há 04 anos atrás? (07 anos agora)
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