Repudio as declarações e as notícias sobre a operação de transplante de fígado realizada em meu irmão, Jaime Ariston, em 2003. Ele recebeu o órgão em hospital federal, da equipe que o tratava há dois anos, vindo a falecer no próprio hospital. Rechaço as aleivosias e as insinuações que tentam vincular o fato a recebimento de vantagens pelos médicos ou ao uso de influência política ou pessoal. Só eles, os médicos, sabem os motivos técnicos que os levaram a tal procedimento. A morte de Jaime, no Hospital, foi suficiente para mostrar o seu periclitante estado de saúde. Peço respeito à memória de quem tanto lutou por um Brasil democrático e melhor. O Hospital de Transplante de Córneas, no Rio, está fechado por falta de invólucros e líquido conservante para as córneas. O Hospital da UFRJ, referência em transplante de fígado no Brasil, está fechado porque se tornou um prédio abandonado, onde tudo falta.
Mais de mil pacientes da fila estão a caminho da morte, se nada for feito.
Enquanto isso, prende-se o médico qualificado e respeitado internacionalmente, como se fora a solução desses gravíssimos problemas.
Augusto Ariston
(por e-mail 05/08), Rio.
Publicado na Carta dos Leitores - O Globo, 06/08/2008
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