1. Quando os orgãos de imprensa defendem que os responsáveis pelos abusos devem ser processados e punidos posteriormente à publicação, a pergunta que fica é: depois de um linchamento baseado em péssimas reportagens sensacionalistas, com apurações ridículas, como fica o sujeito do linchamento.
Praticamente sua vida pessoal e profissional poderiam ter acabado ali. E parece que não se mediram esforços para que isso ocorresse.
Que tipo de indenização e punição paga algo assim? Quem deve ser punido? O que não deve ser repetido nas coberturas jornalísticas?
2. Vamos ver um caso exemplar:
GLOBO - RJTV 2ª edição - 30/07/2008 - uma das emissoras presentes no momento da prisão. Quem foi o responsável por avisá-las e preparar o espetáculo? Esse irresponsável deve ser processado? (pergunta 1)
"De acordo com o Ministério Público Federal, há casos de transplantados que desembolsaram até R$ 250 mil para receber o órgão na frente de outros inscritos no programa.
Há casos de transplantados? Havia dois casos (2003 e 2007)! Qual deles é O CASO? Foi o Ministério Público que disse isso? Foi a PF? 250mil?
Se não ficar provado isso, quem deve ser processado? (Pergunta 2). Certo: isso é ótimo para linchamentos, não vamos discutir.
Segundo promotores, a lista ganhava nomes de falsos pacientes e o esquema funcionava dessa forma:
- Quando aparecia um fígado disponível para doação, os médicos fraudadores diziam que o órgão não servia para aquele paciente, que, na verdade nem, existia;
- Eles, então, desviavam o fígado para os que pagavam para furar a fila.
Segundo OS PROMOTORES???
Sabemos de UM PROCURADOR que o denunciou e ele se chama Marcelo Miller. O delegado que o grampeou (e o modo como convocou sua equipe - começa em 2008) se chama Giovani Agnoletto.
Essas são as fontes. E eles falaram muito e o que quiseram, enquanto o médico... estava preso (sem ter sido ouvido) e silenciado. Muito ética a conduta desses funcionários de um Estado de Direito! Uma boa introdução ao Direito Processual Midiático.
Mas, a questão fundamental é que a reportagem fala de "pacientes que não existiam"? Na fila de transplantes que nem era controlada pela equipe do médico?
"Os promotores" que disseram uma besteira dessa não tem a mínima idéia de como é feita a lista de transplantes.
3. Na verdade, na lista, não havia pacientes que não existiam, HAVIA PACIENTES MORTOS (100 pacientes), por falta de atualização. Denúncia feita pelo Dr. Joaquim Ribeiro Filho em 28/09/2007 a Sidney Rezende. Lembremos que ele foi preso em 30/07/2008.
Além de 100 mortos, foram quase 200 pacientes que não se cadastraram para a atualização dos exames. A Impresa, a PF e o MPF não tiveram a mínima curiosidade em apontar os responsáveis por isso. Esse silêncio incomoda... (Pergunta 3) Ver: Quatro posts indignados e um grito de justiça!
“Nós temos que garantir a tranqüilidade dos pacientes. Estamos trabalhando para aumentar o controle dentro do processo de distribuição de órgãos e do próprio transplante”, afirmou a superintendente do RioTransplante Hellen Miamuto.
Ver: situação crítica dos transplantes no Rio em 24/11/2009 Mas, na época, era tudo culpa do Dr. Joaquim...
4. Helen Miamoto fala como superintendente do Rio Transplante porque Ellen Barroso (que era de fato a responsável pela Central) estava respondendo a sindicância administrativa por troca de pacientes (em transplante de rins) juntamente com o Hospital Geral de Bonsucesso e o HCF.
A troca foi descoberta quando Maria das Graças de Jesus foi chamada, no fim de abril, para fazer exame no HemoRio. No sistema, constava que ela havia sido transplantada dia 5 de março.
Por que ninguém noticiou isto??? (Pergunta 4)
A troca foi descoberta em abril e os responsáveis só entraram em sindicância em 18/08/2008. Até então, a coordenadora da Central de Transplante e o HGB eram os personagens de destaque de eficiência contra a vilania do médico e sua equipe....
Ver: 19/08/2008 O Dia - Online Rim foi parar na paciente errada
O procurador dizia que o Dr.Joaquim havia sido protegido pela Globo? Estamos vendo...Esta reportagem foi simplesmente assustadora! Foi apenas uma delas!
Há matérias editadas e construídas para transformar o médico em vilão, que omitem sua atuação destacada na luta pelo salvamento de vidas (caso do bebê Arthur). Ver: O jornalismo irresponsável da Revista Época
Há edições hediondas, descontextualizadas, deliberadamente orientadas (gostaríamos muito de saber quais foram as fontes), sinistramente enviesadas. Ver: O jornalismo hediondo da Rede Record
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