sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Ninguém é responsável... é incrível !

A Matéria do G1 revela um drama que atinge 2.300 pessoas, mostra a vergonhosa situação do Rio de Janeiro diante de outros estados e, no entanto, não há um responsável por essa incompetência.

A "dívida" impede o "único" banco de olhos do HGB de funcionar...

E ninguém é responsável pela duas "dívidas": a primeira é do HGB (porque deve e não paga e porque não é cobrado), a segunda é da secretaria de saúde do Estado do Rio (Sérgio Côrtes) que não cria um outro banco de olhos no Rio. Um outro, ao menos. Mas isso ninguém pergunta...

Porque o Sul Fluminense conseguiu montar seu banco de olhos?

Quanto ao silêncio do Ministério da Saúde (Alberto Beltrame e Rosana Nothen do SNT) tirem suas próprias conclusões. Eles só falam para atacar o Dr. Joaquim Ribeiro Filho como foi mostrado ao longo do blog. De resto, é só a condescendência com a situação vergonhosa do Rio de Janeiro. Punições, cobranças, processos, declarações à imprensa... nada! Por que os jornais não investigam o porquê desse silêncio e o quanto ele custa em vidas?

O tão zeloso Ministério Público Federal é desrespeitado e não move um dedo... a Justiça é desrespeitada e não acontece nada com o secretário de sáude do Rio...é incrível!


Vejam como o Rio é um exemplo em matéria de descaso na área da Saúde sem conseqüência nenhuma:
Essa decisão da Justiça Federal de 29/08/2008, abaixo, determina que a União e o Estado apresentem cronograma de implantação do Banco de Olhos.
Em 09.09.2008, as córneas da doadora Cleyde Prado Maia foram perdidas.
Havia um prazo de 45 dias para a implantação de Bancos de Olhos em Hospital Público.
Como isto está sendo acompanhado?
Veja, esta notícia:
Cleyde Prado Maia: não foi possível doação pelo fechamento do Banco de Olhos em 08/07/2008. A matéria é de 09/09/2008.
29.08.2008 - Decisão da Justiça Federal (Banco de Olhos) e o caso de dona Cleyde Prado Maia (09.09.2008)


O que foi feito de lá para cá (dois anos). Nada!

RJ tem mais de duas mil pessoas na fila por um transplante de córneas
Apenas um banco de olhos está funcionando no Sul Fluminense.
Dívidas com o governo impedem atendimento no banco do HGB.

19/08/2010 13h15 - Atualizado em 19/08/2010 13h15

Cerca de 2.300 pessoas que estão na fila por um transplante de olhos no estado do Rio de Janeiro vivem um drama. O estado chegou a ficar um ano sem banco de olhos. Apenas um banco está funcionando há um mês em Volta Redonda, no Sul Fluminense, mas não deve resolver o problema.

De um lado, a família que pretendia doar as córneas de um jovem de 21 anos. Do outro, o pedreiro Manoel, que enxerga muito pouco do olho esquerdo e espera na fila do transplante há quatro anos. O tio do jovem , Henrique Moreira diz que, de acordo com a equipe do Rio Transplante, as córneas poderiam ter sido doadas.

“Mas não foram por uma questão burocrática: a não existência de um banco de olhos no Rio de Janeiro”, disse o tio do rapaz.

Durante duas décadas, o banco de olhos do Hospital Geral de Bonsucesso (HGB), no subúrbio, foi o único do estado. Mas desde julho de 2009, as portas estão fechadas.
[ver reportagem de 2008 sobre o Banco de Olhos. Além disso, o HGB não era o exemplo de eficiência na gestão do transplante. O lugar para onde pretendiam transferir todos os casos]

“Estamos com um impasse grande de dívida com o governo e isso impede que a gente tenha o credenciamento para funcionar”, disse a oftalmologista Maria Alice Rodrigues Correa.

As instalações têm uma série de salas vazias e equipamentos caros cobertos. Um investimento que chega a R$ 300 mil, mas que não pode ser utilizado.

Sem bancos de olhos, o transplante tem de ser feito com córneas importadas de outros estados ou de fora do país, o que encarece e dificulta o processo. Isso é uma das razões para o pequeno número de transplantes realizados nos últimos anos no RJ. Em 2009, foram apenas 67. Este ano, até agora, 27.

No mesmo período, o estado de São Paulo fez 2.881 transplantes, quase 1.000% a mais. Lá existem dez bancos de olhos.

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