domingo, 15 de agosto de 2010

Não dá pra entender...ou melhor... entenda quem quiser!

Você sofre escuta telefônica. É acusado por um procurador. Mas repare que ele não acata a maior parte do trabalho da Polícia Federal, que está no caso. No entanto, eles têm algo em comum. O delegado e o procurador não lhe dão direito de defesa (isso porque você vive em um Estado de Direito, que não lhe dá o direito de saber qual é a acusação que lhe fazem e a "qualidade" - o que eles entendem do assunto - do trabalho realizado pelos agentes desse Estado). Assim fica fácil, não?! Só um lado deturpando tudo o que for possível para destrui-lo. O serviço foi feito.

Você já vinha se defendendo na Justiça e mostrando sua inocência, mas porque não montar uma "operação" (qual foi o custo dessa operação e os procedimentos adotados pelo delegado?) e submetê-lo a uma orgia de declarações à mídia. Como se defender disso?

Você foi preso, seus computadores e documentos pessoais e profissionais confiscados. Você não pode falar.

A mídia publica tudo o que um delegado e um procurador dizem, mas não apuram. Acrescentam o que for possível por sua conta, mas não têm a mínima idéia do que é o sistema de transplante.

O procurador dizia nunca ter tido tantas certezas das provas contra você. É feito o trabalho da Justiça com a presença de um OUTRA procuradora do Ministério Público Federal. As testemunhas são ouvidas e aqueles que diziam ter tantas provas, pedem adiamento e, depois, não cumprem o prazo para apresentação da acusação.

A nova procuradora manifesta-se sobre o seu caso, na sua frente, dizendo coisas que você fica na dúvida se ela está falando mesmo do seu caso (sim, aquele em que você foi preso como se fosse um bandido). É a esquizofrenia processual-midiática. Isso tudo porque tinham tantas certezas.


Ou seja, ampliam o quanto podem o seu suplício em mídia privada e pública.

Enquanto isso, o sistema de transplantes do Rio fica quase paralisado... mas, aqueles que o acusavam mantêm-se em silêncio.

Pessoas morrendo... mas não é esse o caso, não é mesmo?! Ministério da Saúde? Ministério Público? Polícia Federal? Mídia?

Nem o credenciamento dos hospitais que foi, pomposamente, noticiado pelo secretário de saúde do Rio saem do papel.

Mas... não é esse o caso, não é mesmo?!

O objetivo da "operação" já foi alcançado, não é mesmo?! Calaram quem tinham de calar... tentaram destruir a carreira daquele que denunciava o que ninguém tinha interesse ou coragem de investigar e publicar, não é mesmo?!

Como essas coisas pairam em um silêncio indecente!

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