quarta-feira, 31 de março de 2010

MPF espera dois anos por um "Termo de Ajustamento de Conduta"... mas, o que fez enquanto o ajuste não era feito?

O Ministério Público Federal esperou dois anos por um "Termo de Ajustamento de Conduta" com a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro? E enquanto o ajustamento não se realizava, o que ele fez? Esperou?
Esperou o vencimento da validade de remédios e a não regularização da entrega? E, somente, agora, o MPF dará andamento à ação? Não houve acompanhamento desse ajuste?

Que contraste com o seu rápido e pronto procedimento ao mandar prender um médico por "suposta obstrução à investigação", não?! Justamente, o médico que indicava os graves problemas da gestão da secretaria da Saúde na Central de Transplantes do Rio.

Vamos esperar o resultado da sindicância aberta pelo Estado. Só esperamos que não seja aberta pela própria secretaria de Saúde e que o Dr. Sérgio Côrtes apareça como o paladino da competência no enfrentamento das irregularidades encontradas em sua gestão.

Vamos lembrar que Lilia de Souza Borges esperou meses por uma cintilografia e seu estado era crítico.

O Dia - online 30/03/2010
Sem transplante, sem remédio
Além de enfrentarem a paralisação de médicos do Hospital de Bonsucesso, que não estão recebendo pagamento, pacientes que precisam de doação de fígado só conseguem medicamento do SUS se entrarem na Justiça

(...) O estado abriu sindicância ontem para apurar o desperdício de R$ 15,6 milhões em medicamentos, insumos e materiais médico-hospitalares. Conforme O DIA mostrou com exclusividade em 1º de março, o Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus) constatou que os produtos perderam a validade entre julho e novembro do ano passado na Central Geral de Abastecimento (CGA), em Niterói.

A sindicância deve ser concluída em 30 dias, mas pode ser prorrogada por mais 30 dias, segundo publicação do Diário Oficial que cita as matérias de O DIA.

O desperdício noticiado deixou doentes e parlamentares indignados. O Ministério Pública Federal decidiu dar prosseguimento à ação civil pública contra a Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil para que o órgão normalize o fornecimento dos remédios. Há dois anos, a ação havia sido suspensa porque o estado assinara Termo de Ajustamento de Conduta se comprometendo a regularizar o fornecimento e inaugurar farmácia com condições de armazenar remédios. O termo, no entanto, não foi cumprido.

Pâmela Oliveira e Clarissa Mello

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