sexta-feira, 23 de abril de 2010

Por que a palavra "fim" só aparece para se referir à vida dos pacientes e não aos problemas da Central de transplantes?

Parabéns ao Dr. Eduardo Rocha pela iniciativa, mas cabe aqui algumas perguntas a ele e ao Sr. Secretário de Saude do Rio de Janeiro, Sérgio Cortes:

1. Por que se escorar na violência praticada contra o Dr. Joaquim Ribeiro Filho para justificar a demora de quase dois anos para fazer "alguma" coisa pelo transplante no Rio. Vamos somente lembrar que nada do que está sendo dito é novo e já foi denunciado diversas vezes pelo médico.

2. Por que o Sr. Secretário de Saúde desmantelou as OPO's (Organizações de Procura de Órgãos), logo no início de sua gestão, quando ela era poderia ser sustentada com o treinamento de residentes e com uma bolsa(remuneração). Agora serão deslocados 16 enfermeiros da Central de Transplantes? E como vai ficar a Central sem eles? Ou aparecerá um novo "gargalo" no sistema ou eles não faziam nada ali para serem deslocados com tanta facilidade... ou será mais uma, entre outras, declarações para a arquibancada, já que se publica tudo sem apuração posterior.

3. Quantas pessoas morreram até que o secretário resolvesse pagar "suplementação" àqueles que realizam a captação. Nem vamos perguntar mais por que ninguém faz nada sobre isso. É muito mais fácil perseguir um médico.

4. Alguém apurou para quem foram os fígados enviados a outros Estados? Alguém apurou para ver se aqueles que os receberam estavam corretamente na lista de transplantes, se eram os primeiros da fila, qual foi a participação da Central de transplantes, a rapidez com que foi decidido o processo, quais eram seus sobrenomes etc. etc.?

5.
Já para melhorar a captação, 16 enfermeiros que trabalhavam na Central Estadual de Transplantes foram deslocados para atuar na captação de doadores no Hospital Getúlio Vargas (Penha), Alberto Torres (São Gonçalo), Azevedo Lima (Niterói) e Adão Pereira Nunes (Saracuruna). “O objetivo é aumentar as captações. Com isso, a gente vai conseguir verificar os problemas nas equipes transplantadoras”, disse o coordenador da central, Eduardo Rocha
Mas a organização Donor Action não tinha sido anunciada como a grande iniciativa da Central para estudar os "gargalos" do transplante no Rio?

6. O Dr. Sérgio Cortes, além de Secretário de Saúde, é, também, responsável pela Defesa Civil? Como é possível gerenciar isto?


Transplantes: Rio no fim da fila
Em um mês, 3 fígados captados no estado seguiram para Minas Gerais e São Paulo, porque médicos não são pagos


Rio - Trezentas e cinquenta e nove pessoas esperam por um transplante de fígado no Rio mas, apesar disso, órgãos captados no estado estão sendo enviados a outras unidades da federação. No último mês, três seguiram para pacientes em Minas Gerais e São Paulo.

“Os pacientes estão preocupados porque está tudo parado. O Hospital Geral de Bonsucesso só faz transplantes duas vezes por semana. E o Fundão está praticamente parado. Os pacientes que estão na fila estão sem perspectivas”, afirma Carlos Roberto Cabral, presidente da Dohe Fígado, associação que reúne pessoas que esperam por um transplante. (...)

O problema poderá ser resolvido nos próximos dias. O governo do estado anunciará, na próxima segunda-feira, uma série de mudanças no sistema de transplantes. Uma das novidades é que a Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil dobrará o pagamento das equipes do HGB e do Hospital do Fundão, que atuam na captação e na realização dos transplante, e vai pagar a suplementação aos profissionais.

Cirurgias na rede privada

Pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) poderão ser transplantados em mais duas unidades particulares. O governo do estado fechou acordo para que cirurgias ocorram no Hospital Quinta D’Or e no Hospital das Clínicas de Niterói.

Já para melhorar a captação, 16 enfermeiros que trabalhavam na Central Estadual de Transplantes foram deslocados para atuar na captação de doadores no Hospital Getúlio Vargas (Penha), Alberto Torres (São Gonçalo), Azevedo Lima (Niterói) e Adão Pereira Nunes (Saracuruna). “O objetivo é aumentar as captações. Com isso, a gente vai conseguir verificar os problemas nas equipes transplantadoras”, disse o coordenador da central, Eduardo Rocha.

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