Por que as OPO's (Organização de Procura de Órgãos) foram desmanteladas pela gestão Sérgio Cortes? Vamos ver quais serão as "inovadoras" e "ousadas" medidas a serem lançadas pelo secretário de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro. Vamos ver os órgãos de comunicação servirem de assessores de imprensa do secretário novamente. Eles adoram um "anúncio", principalmente, se não pretendem apurá-lo. "O Globo" poderia checar sua "fantástica" cobertura sobre o setor de transplantes no Rio e mostrar como é determinada na luta em defesa dos direitos dos pacientes na lista de transplantes. Infelizmente, o secretário de saúde está "blindado".
NF Transplantes pode se transformar em Organização de Procura de Órgãos (28/11/2004)
O coordenador do Rio Transplantes, Joaquim Ribeiro Filho, vai estar no Hospital Ferreira Machado neste sábado (27/11), a partir das 10h, participando de uma mesa redonda sobre “Captação e Transplante de Órgãos nas Regiões Norte e Noroeste Fluminense”. O evento é promovido pelo NF-Transplantes, que funciona no Hospital Ferreira Machado. O objetivo do encontro é fortalecer a condição do NF-Transplantes como uma Organização de Procura de Órgãos (OPO), descentralizando as ações para transplantes no Estado do Rio.
Até setembro do ano passado, todos os órgãos captados em Campos eram encaminhados ao Rio de Janeiro, para atender uma lista de espera que nem sempre contemplava os pacientes das regiões Norte e Noroeste Fluminense. Foi quando a coordenação do Rio Transplantes resolveu implantar o processo de sub-regionalização da captação e transplante de órgãos. A partir daí, córneas e rins doados passaram a ficar em Campos, sendo transplantados em pacientes da região. Os demais órgãos captados continuam sendo enviados ao Rio de Janeiro.
De setembro de 2003 ao mesmo período deste ano foram feitas 59 notificações – quando equipes médicas constatam a morte cerebral do paciente e informam ao NF-Transplantes –, que resultaram em 15 captações de órgãos. Essas captações permitiram a realização, nas regiões Norte e Noroeste Fluminense, de 25 transplantes de córneas, oito de rins e cinco de fígado, num total de 38.
Geralmente o número de notificações cai significativamente em relação ao de doações porque são levados em consideração fatores como: doações não autorizadas, recusas familiares, descartes técnicos e perda precoce de órgãos. Mas ainda assim o NF-Transplantes comemora o crescimento no número de transplantes na região, em relação aos anos anteriores.
“Desta mesa redonda no sábado deve ser estabelecida uma maior autonomia do NF-Transplantes nas regiões Norte e Noroeste Fluminense. A grande expectativa da equipe técnica do NF-Transplantes é que o programa seja oficializado como Organização de Procura de Órgãos de Campos (OPO-Campos)”, explica o assistente social, Marcelo Barbosa Carvalho. Para ele, a sub-regionalização foi um marco histórico no processo de captação e transplante de órgãos no Estado do Rio, fazendo com que um número maior de pacientes aqui da região venham sendo beneficiados.
Atualizado por Rose David em 28/11/2004
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