sexta-feira, 3 de abril de 2009

Alguém conhece as providências do Ministério Público Federal e do Ministério da Saúde sobre esses casos?

No leito da morte: Quando a espera chega ao fim
Renata Victal, JB Online
RIO - AVC, 80 anos. Não. Infarto, 76 anos. Não. Infarto, 48 anos. OK. Assim são selecionados os pacientes que conseguirão um leito nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) do estado. Em uma sala pequena nos fundos do Hospital do Iaserj, no Centro, poucos médicos analisam os pedidos de internação que chegam por fax. Angustiados, eles precisam escolher entre aqueles que acreditam ter uma maior chance de sobreviver. E são muitos os pedidos, mais de 60 por dia. No entanto, pouquíssimos conseguem ser atendidos e o motivo é único: faltam leitos. Apenas nos primeiros 26 dias deste ano, 129 pessoas morreram na fila de espera. O problema se replica nas unidades federais e municipais.

– O mais triste deste número, é que estas pessoas morreram na fila de espera e não dentro de uma UTI, não tiveram chance alguma. É muito triste – desabafa um dos médicos da Central de Regulação de Leitos.

Hellen Miyamoto, superintendente de Atenção Especializada da Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil (Sesdec) do Rio, confirma que o número de leitos é insuficiente:

– O déficit de UTIs é no país todo. O estado não tem oferta suficiente para a demanda, mas estamos trabalhando. Já conseguimos aumentar o número de leitos em mais de 50%. Mesmo assim ainda é insuficiente. A Central de Regulação está qualificando os pedidos.

A crise generalizada faz com que os pacientes passem por situações adversas. Muitos são negociados dentro de ambulâncias do Samu. Um mercado persa de pessoas, como define Jorge Darze, presidente do Sindicato dos Médicos.

– O Rio tem sido a vitrine de todas as mazelas. Os pacientes rodam a cidade nas ambulâncias do Samu porque não tem leito. É um mercado persa de pacientes. Da ambulância, ligam para o hospital e negociam: preciso que você fique com este paciente, diz o primeiro. OK, mas só se você levar dois daqui, diz o que está do outro lado da linha. A situação é de calamidade pública com todas as unidades superlotadas – reclama. (Leia mais)
31/01/2009

Hellen Miyamoto, além de ter essa situação caótica para resolver ainda cuidava da Coordenadoria de Transplante e dizia que a Câmara Técnica estava funcionando devidamente. Gostaríamos de saber se o Ministério Público Federal e o Ministério da Saúde têm algo a dizer sobre isso ou se está ocupado demais com o caso do Dr. Joaquim Ribeiro Filho.

Exames e tratamentos suspensos
Hospital do Fundão está com equipamentos quebrados e não consegue atender doentes

POR PÂMELA OLIVEIRA, RIO DE JANEIRO

Rio - Transplantada de fígado em julho devido a um câncer, Lilian Maria de Souza Borges, 23 anos, foi obrigada a esperar 8 meses por uma cintilografia no Hospital do Fundão — o exame detecta possíveis novos tumores. Neste período, já passou por mais duas cirurgias: perdeu o útero e precisou tirar tumor da coluna. Terça-feira, ela finalmente conseguiu fazer o exame, mas tem outro drama a enfrentar: necessita de radioterapia, e o Fundão suspendeu o tratamento.

Lilian não é a única prejudicada. O hospital, que passou por grave crise e chegou a suspender os transplantes em maio, deixou agora de realizar mamografias, tomografias e ressonâncias, além de interromper incrições de novos pacientes no ambulatório de cuidados paliativos para portadores de câncer incurável. (Leia mais)


Mais uma vez, gostaríamos de saber o que o Ministério Público Federal e o Ministério da Saúde têm a dizer sobre as condições do Hospital do Fundão e que medidas vai tomar. Mas, só sabemos que o MPF está recorrendo da absolvição em 1ªinstância do Dr. Joaquim Ribeiro Filho (justamente aquele que valoriza o Hospital Universitário na formação de cirurgiões).

Nenhum comentário: