segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Sobre doenças crônicas e surtos epidêmicos...

Nisso tudo, é importante lembrar, também, do jornalismo (sem adjetivos), um tipo de "doença" endêmica, restrita aqui e ali, que muitos jornalistas ainda insistem em manter viva, doença que gera inquietação por justiça e pela ética profissional! Uma "doença" perigosa nos dias de hoje, na "sociedade da informação"...

Mas, como podemos ver, os casos apontados por Luís Nassif não viraram um "divisor de águas". Sensacionalismo: Doença crônica ?! surtos epidêmicos?!

Desta vez, não foi o Fantástico (foi o RJ/TV no início), mas a Rede Record (Domingo Espetacular e Jornal da Record), a organizadora do espetáculo. Isto mostra a relativa democratização do jornalismo hediondo e das caçadas midiáticas.

Qual é a interpretação que o jornalismo hediondo faz da expressão "cães de guarda", que tanto caracterizou o espírito jornalístico? Seu sentido literal?!

Será que as indenizações na Justiça estão sendo tão baixas que vale a pena insistir no "erro"?!
Ver:Portal da Imprensa

Luís Nassif conclama em 2001:
"Está na hora de se ter um mínimo de consciência nessa busca obsessiva pela audiência."

Concordamos, mas, também, perguntamos: será que se trata de "consciência"?
Essa palavra tem algum significado para o jornalismo hediondo?
Será que não se trata de algo mais simples... algo que o uso obrigatório do cinto ou a Lei seca não estão abordando mais seriamente?!

Achamos que jornalistas devem ser chamados ao debate e contribuir para a avaliação dos seus colegas. Respeitamos suas opiniões, afinal são eles que entendem melhor aquilo que o jornalismo faz ou deveria fazer. Ou não?!
Gostariam de ser tratados como "casos de polícia"?!

Luís Nassif não precisará escrever um novo livro sobre o jornalismo da virada do século. Bastará reeditar "O jornalismo dos anos 90" (edição ampliada), pois ele não acabou no final da década. Poderia incluir um sub-título: O longo século do sensacionalismo.

A ele agradeceremos! E a tantos outros "doentes" de jornalismo (sem adjetivos)!

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