segunda-feira, 1 de setembro de 2008

30 dias...

450 transplantes e mais de 1.000 intervenções cirúrgicas depois de ter sido o pioneiro no transplante de fígado no Rio (no Fundão), 15 anos de formação especializada e publicações no exterior, dezenas de anos de luta pela melhoria no sistema de captação de órgãos do Rio de Janeiro e pela defesa do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (Fundão), apesar da crise que enfrenta há algum tempo (ver o caso de Lilia Borges)...

Trinta dias se passaram e apenas 1(um) paciente do Dr. Joaquim Ribeiro Filho foi entrevistado para dar um depoimento favorável a ele no caso. Isso não foi culpa da Polícia Federal ou do Ministério Público Federal. Estes, apenas o prenderam sem que ele fosse ouvido.


Cora Vieira para Folha de S. Paulo (31/07)
Transplantada diz que médico preso salvou a sua vida
DA SUCURSAL DO RIO
A psicanalista Cora Vieira, 51, atribui sua vida ao médico Joaquim Ribeiro Filho, preso ontem e responsável pelo seu segundo transplante de fígado, em 23 de outubro de 2007. Contou que "estava à morte" novamente, devido a uma doença grave e rara -cirrose biliar primária-, oito anos após o primeiro transplante.
Para ela, que disse estar chocada com a ação da Polícia Federal, Ribeiro Filho "é dedicado e uma das melhores pessoas que existem no mundo". Cora foi operada após recorrer à Justiça e ter de lutar contra a Central Estadual de Transplantes, que afirma ser inoperante. "Recorreram várias vezes contra mim na Justiça, alegando que eu não estava à morte. Minha situação era muito grave."
Seu segundo transplante foi feito por Ribeiro Filho na clínica São Vicente, coberto pelo plano de saúde da psicanalista. "Se não fizesse lá, faria no Fundão." Ela contou que os clínicos da equipe não lhe cobraram a parte que lhes cabia, porque o plano não cobria e já lhe faltavam recursos após ter parado de trabalhar em abril, por impedimento da doença.
"Joaquim Ribeiro Filho tem uma ética fantástica, um médico profissional dedicado à causa. É um homem íntegro, batalhador. Está sendo perseguido por política, porque a central de transplantes é um caos e o secretário Sérgio Côrtes, um desafeto que o tirou de lá."

Folha de S. Paulo (Caderno Cotidiano)
São Paulo, quinta-feira, 31 de julho de 2008

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