domingo, 7 de setembro de 2008

Dr. Joaquim Ribeiro Filho: sempre presente nos debates sobre a situação dos transplantes no Rio


Da esquerda para a direita: a 2ª da mesa é a Drª Ellen Barroso (recém-afastada da coordenação do Rio Transplante por "erro administrativo") e o 4º é o Dr. Joaquim Ribeiro Filho)
JORNAL DO CREMERJ
Saúde Pública
Impasse nos transplantes no Rio de Janeiro


O impasse nos transplantes no Rio de Janeiro se deve à forma de repasse dos honorários dos médicos que fazem tais procedimentos. Após ação do Ministério Público (MP), o Tribunal de Contas da União (TCU) fez uma série de questionamentos à legalidade da forma como estava sendo feito o repasse, através das Fundações.
Como não foi dada uma solução para o problema, os médicos estão sem receber seus honorários, o que pode prejudicar os transplantes. Devido à gravidade da situação, o Grupo de Transplante do CREMERJ se reuniu, no dia 18 de maio, com o Rio Transplante, gestores públicos, diretores de hospital, médicos transplantadores e a OAB.
No dia 25 de maio, nova reunião foi realizada, desta vez incluindo o TCU e o MP. O TCU, representado pelo seu Diretor Técnico, Márcio Pacheco, compareceu ao CREMERJ e apresentou as irregularidades legais das fundações de apoio, participando da discussão das propostas para resolver o impasse.
De acordo com o Superintendente do Rio Transplante, Walter Labanca, os transplantes de rim, fígado e medula ainda apresentam alguma rotina. Os de coração, córnea e pâncreas encontram-se em situação de difícil solução. Joaquim Ribeiro Filho, da Câmara Técnica de Transplantes do CREMERJ, explicou que os problemas ocorreram depois da abertura de um processo baseado numa denúncia anônima ao MP e ao TCU, que primeiro atingiu o Hospital de Bonsucesso e, agora, está atingindo o Hospital Universitário do Fundão – explicou.
De acordo com um levantamento feito por Joaquim Ribeiro Filho, alguns Estados apresentam 100% dos transplantes de fígado feitos no setor privado (Bahia, Espírito Santo, Paraíba e Santa Catarina), enquanto que, em Pernambuco, esse percentual cai para cerca de 66%, em São Paulo, para aproximadamente 68% e no Rio Grande do Sul, 85%. Ao contrário, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, a maioria dos transplantes de fígado é feita pelo serviço público (respectivamente 85,1% e 93,2%).

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