Uma, é quase sempre tocada: "Apesar de você" do Chico Buarque. Cantada como um hino de superação e de alegria pela vida. Um hino de um tempo novo.
Às vezes, essa música já me soava um pouco distante de tudo o que havíamos passado...
Mas, dona Luci sempre insiste em colocá-la...
Tristemente, foi essa música, que no dia dos Pais, este blog dedicou a dona Luci, ao seu Joaquim e ao Jaime Ariston (in memoriam).
Agora, a música, aí embaixo, é diferente ...É uma música presente, mas que não é ouvida. Uma música que todos da família conhecem, mas que não ousam colocar para tocar. Dona Luci nunca pôde ouvi-la sem chorar...
Quando li a sua carta, hoje, foi como se, naqueles momentos mais duros da prisão do Ribeiro, a música tivesse tocado novamente. E, todos nós, olhávamos uns para os outros, angustiados, sem poder apertar a tecla "stop".
Quem quiser ouvi-la para ter uma idéia do que representa, ela está aí em baixo.
Lira
Mamãe, coragem
(Caetano Veloso e Torquato Neto)
Mamãe, mamãe não chore
A vida é assim mesmo eu fui embora
Mamãe, mamãe não chore
Eu nunca mais vou voltar por aí
Mamãe, mamãe não chore
A vida é assim mesmo eu quero mesmo é isto aqui
Mamãe, mamãe não chore
Pegue uns panos pra lavar, leia um romance
Veja as contas do mercado, pague as prestações
Ser mãe é desdobrar fibra por fibra os corações dos filhos
Seja feliz, seja feliz
Mamãe, mamãe não chore
Eu quero, eu posso, eu quis, eu fiz, Mamãe, seja feliz
Mamãe, mamãe não chore
Não chore nunca mais, não adianta eu tenho um beijo preso na garganta
Eu tenho um jeito de quem não se espanta (Braço de ouro vale 10 milhões)
Eu tenho corações fora peito
Mamãe, não chore, não tem jeito
Pegue uns panos pra lavar leia um romance
Leia "Elzira, a morta virgem", "O Grande Industrial"
Eu por aqui vou indo muito bem, de vez em quando brinco Carnaval
E vou vivendo assim: felicidade na cidade que eu plantei pra mim
E que não tem mais fim, não tem mais fim, não tem mais fim
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