terça-feira, 11 de novembro de 2008

Será que vão mandar prendê-lo para não atrapalhar as investigações?

Realmente, é uma situação constrangedora a que está passando o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiróz. Com certeza, é um profissional dedicado e vocacionado. É um profissional que acredita na Justiça. Acredita que agiu corretamente e com determinação diante do que considerava ser uma 'falta de apoio' ao seu trabalho.

Ficou indignado com a exposição a que seu filho e esposa foram sujeitados.
Não tem se calado, certo?!
Considera-se perseguido.
Teve seu sigilo telefônico quebrado?
Ele quer ter o direito a saber o teor da investigação que fazem contra ele, não?!
Teme ser denunciado sem saber do que o acusam...
Nada mais justo!
Chamou de "picaretagem" o relatório do delegado da Corregedoria da PF.
Considera-se um homem correto, mas todos estamos sujeitos a investigação e ao direito de se defender, não é mesmo?!

Pois saibam que o Dr. Joaquim Ribeiro Filho tem passado pela mesma coisa e não é nem mais nem menos que o delegado da polícia federal Protógenes Queiróz. Nem mais, nem menos! Nem mais, nem menos que qualquer outro cidadão que vive em uma sociedade democrática.

Ambos tem convicções e uma história pela qual zelam. Ambos gostariam de ver um país melhor e lutam por isso. Ambos, cada um em sua área, não se contentam com a situação que o país vive.

Há sempre alguém disposto a investigar e impedir o trabalho de pessoas assim, não?!
Esperamos que o delegado tenha o direito de se defender e possa esclarecer todas as dúvidas levantadas. Esperamos que ele não seja preso antes de poder fazer isso!


Defesa de Protógenes vai solicitar íntegra do inquérito sobre Satiagraha
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília


A defesa do delegado Protógenes Queiroz, responsável pela Operação Satiagraha, vai solicitar à Polícia Federal a íntegra do inquérito que investiga supostos excessos cometidos pelo policial durante as investigações. Advogados de Protógenes querem ter acesso aos autos diante da possibilidade do delegado Amaro Vieira Pereira, que apura vazamentos da operação, pedir o indiciamento do policial.


PF entra na casa de Protógenes e apreende bens do delegado
São Paulo - Agência Estado


O delegado Protógenes Queiroz, que comandou a Operação Satiagraha, tornou-se ontem alvo da própria Polícia Federal (PF), órgão da qual faz parte há nove anos. Pouco depois das 6 horas da manhã, Protógenes foi abruptamente despertado por uma equipe de agentes e delegados federais, munidos de mandado de busca e apreensão expedido pelo juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

Os policiais vasculharam o apartamento de Protógenes, no centro da capital paulista, uma das residências do delegado. A PF não divulgou informações sobre o que buscava, mas suspeita-se de que os policiais procurassem possíveis provas ou indícios de que o comandante da Satiagraha teria vazado informações sigilosas da operação ou de que teria patrocinado escutas telefônicas ilegais.

A PF levou o computador pessoal do delegado. Também foram recolhidos o rádio e o celular de Protógenes. Outras equipes da PF, simultaneamente, fizeram blitz em outros dois endereços de Protógenes, em Brasília, e no Rio de Janeiro (onde mora o filho dele, Felipe, de 21 anos). Também nesses locais foram recolhidos pertences e equipamentos do delegado.

Protógenes é alvo de inquérito da própria PF que investiga o vazamento de informações sigilosas da operação que ele próprio criou para esmiuçar a vida e as atividades empresariais do empresátio Daniel Dantas, dono do Grupo Opportunity.

O inquérito, presidido pelo delegado Amaro Lucena, corregedor da PF, apura ainda suspeita de grampos telefônicos ilegais. Além de Protógenes, são investigados agentes de sua equipe que também sofreram busca e apreensão por ordem judicial.

No fim da tarde, bastante chocado, Protógenes dirigiu-se à sede da Procuradoria da República, disposto a obter mais informações sobre os motivos pelos quais é investigado. O cunhado dele, o advogado Fernando Alfonso Garcia, declarou que Protógenes se indignou muito com a busca realizada na casa onde mora o filho, no Rio.


Protógenes afirma que não violou sigilos para a imprensa
Folha de S. Paulo11/11/2008 A6

" 'Eu sabia desde o início, quando abriram a investigação, que iriam me acusar. Coincidentemente, a investigação foi aberta depois que eu representei contra a cúpula da Polícia Federal, na Justiça Federal e na Procuradoria da República, as denúncias sobre as condições de trabalho que enfrentei durante a Satiagraha', afirmou o delegado"


Diretor da Abin diz não saber por que é alvo
Folha de S. Paulo 11/11/2008 A4


"Na semana passada, agentes apreenderam em sua casa dois microcomputadores e um laptop, todos de 'uso pessoal' segundo ele. 'Um era de uso da minha mulher, outro da minha filha, além de um laptop de trabalho da minha mulher, que é médica', afirma. (...)
Não tive acesso à investigação. Preciso saber o que há contra mim. Por enquanto, afirmo que sou totalmente inocente.

O funcionário da Abin reclama que a ação da Polícia Federal lhe causou constrangimento perante a família dele."

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