Enviado por Jorge Bastos Moreno -
11.8.2008
| 10h40m
A polêmica do transplante
Mais uma vez as versões não correspondem aos fatos
Como prometi, leia aqui as explicações de Guel Arraes e José Almino sobre o transplante do irmão deles, Augusto Arraes:
"O que mais nos intriga nesta história do transplante de fígado de nosso irmão Carlos Augusto Arraes – que figura como um dos três casos pelos quais o Dr. Joaquim Ribeiro é denunciado por suspeita de irregularidades – é a enorme discrepância entre o que foi declarado diretamente ou através de simples insinuações pelas autoridades e publicado na imprensa por ocasião da sua prisão e o que nós vivemos efetivamente. Discrepâncias tão sérias que beiram a leviandade ou talvez mesmo a má-fé.
Desde então, tivemos ocasião de esclarecer as circunstâncias da cirurgia pelos jornais, mas é preciso dizer que há alguns meses atrás, Carlos Augusto Arraes e Guel Arraes já haviam dado os mesmos esclarecimentos tanto à Polícia Federal quanto ao Ministério Público e, em ambos os casos, suas declarações aparentementemente não foram tomadas em consideração. Algumas foram efetivamente distorcidas, como é o caso da quantia de noventa mil reais, declarada por eles como consta no inquérito e paga a toda equipe médica pelo tratamento e cirurgia – e que vem a público como uma suspeita de suborno, aumentada para duzentos mil reais). Além disso, até agora ninguém deu qualquer explicação sobre como o serviço público de saúde responsável evitaria que o órgão utilizado para o transplante fosse parar no lixo, caso não tivéssemos custeado um transporte particular para trazê-lo de Minas Gerais para o Rio de Janeiro.
Finalmente (e as incoerências não se esgotam por aqui), diante da enxurrada de declarações publicadas contra o Dr. Joaquim Ribeiro sem qualquer verificação prévia, achamos ser nosso dever dar um testemunho que obviamente só tem valor para os que têm fé em nossa palavra: os honorários de 90 mil pagos à equipe de médicos foram acertados com o Dr. Joaquim somente após duas semanas da cirurgia."
Guel Arraes e José Almino de Alencar
Enviado por Jorge Bastos Moreno -
11.8.2008
| 0h53m
Fora de Foco
O fígado que salvou a vida de Augusto Arraes ia pro lixo
A família Arraes vem sendo vítima de uma das mais injustas e sórdidas acusações, a de ter furado a fila de transplante de fígado para salvar a vida de um de seus, a de Augusto Arraes.
O resumo da história: o fígado transplantado iria para o lixo, caso não fosse resgatado de avião, como aliás tem acontecido muito neste país. A família de Augusto Arraes se ofereceu para resgatar o fígado porque tinha condições financeiras de fazê-lo. Não furou fila coisa nenhuma. Pelo contrário, ao resgatar um fígado que ia para o lixo, fez na prática a fila andar.
Este diálogo que assisti entre Guel Arraes, irmão de Augusto, e Caetano Veloso define a posição dos acusadores:
--- Caetano, essa posição é stalinista!
--- Claro. Eles estão discutindo a fila e não a solução para a fila.
--- É esse o centro do debate: como fazer para evitar que fígados não sejam mais jogados no lixo por falta de transportes.
Brevemente aqui Guel Arraes contará toda essa história.
Rádio do Moreno - O Globo online
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