terça-feira, 19 de agosto de 2008

Quatro posts indignados e um grito de Justiça! (IV)

"Erro administrativo"?????
Final de abril? E ninguém publicou?
"Ainda não sabemos exatamente o que ocorreu", diz a Drª Ellen Barroso?
Desde abril de 2008?
Por que o Globo online (são 00:56) não noticiou o afastamento da Drª Ellen Barroso, a responsável pela perseguição implacável ao Dr. Joaquim Ribeiro e sua equipe? (ver matéria de O Dia, abaixo)
Ver, ainda: A quem interessa o eufemismo?

19/08/2008 00:50:00
O Dia - Online
Rim foi parar na paciente errada


Falha foi da Central Estadual de Transplante. Mulher operada morreu e outra ainda sofre com a doença

Pâmela Oliveira

Rio - Três vezes por semana, a aposentada Maria das Graças de Jesus, 60 anos, tem compromisso doloroso: doente renal crônica, não pode perder as sessões de hemodiálise, iniciadas há quatro anos. A ex-doméstica, no entanto, já poderia ter sido transplantada. Em março, foi selecionada para receber rim captado. Mas erro da Central Estadual de Transplante fez com que o órgão fosse para outra paciente, com nome muito parecido: Maria das Graças de Jesus Araújo, que também estava à espera de um rim, morreu dois meses após a cirurgia.

A troca foi descoberta quando Maria das Graças de Jesus foi chamada, no fim de abril, para fazer exame no Hemorio. No sistema, constava que ela havia sido transplantada dia 5 de março. “A funcionária me disse que eu tinha sido transplantada e que queria que eu fizesse exame. Mas eu não tinha recebido órgão. Aí ela me disse que tinha acontecido um engano. Espero por esse transplante há tanto tempo... A gente vê tanta coisa errada nos transplantes... Eu nem sei o que pensar”, desabafou.

Irmã de Maria das Graças de Jesus, Margarida Maria Braz Menezes, 58 anos, não conseguiu esconder a indignação: “Eles deviam ser mais responsáveis. Como pode transplantar a pessoa errada?”.

FUNCIONÁRIAS AFASTADAS

Ontem, o subsecretário jurídico da Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil, Pedro Henrique Di Masi, disse que foi aberta sindicância interna, que concluiu ter havido erro administrativo. Duas funcionários — incluindo a atual coordenadora da Central Estadual de Transplante, Ellen Barroso — serão afastadas cautelarmente e terão prazo de dez dias para se defender.

“Ainda não sabemos exatamente o que ocorreu, mas a paciente Maria das Graças de Jesus foi selecionada como a mais compatível para receber o rim. Mas a funcionária da central telefonou para a Maria das Graças de Jesus Araújo. A partir daí, o Hospital Geral de Bonsucesso (HGB), que realizou exames pré-operatórios, não percebeu que se tratava de outra paciente. E o Hospital do Fundão transplantou uma paciente com o prontuário da outra. Ninguém confirmou documento, nome e CPF”, disse Di Masi, lembrando que uma paciente tem 60 anos, e a outra tinha 51.

Maria das Graças de Jesus, que ocupava a 11ª posição na lista de espera por rim, foi selecionada com outras 9 pessoas. Após exames em todas, foi a mais compatível. “O órgão deveria ser dela”, diz Di Masi, que acionou o Sistema Nacional de Transplantes e o Ministério Público Federal.

ESTADO AFIRMA QUE DOIS HOSPITAIS FEDERAIS TAMBÉM FALHARAM

A Secretaria Estadual de Saúde informou ontem que enviará cópia do resultado da sindicância interna à direção dos hospitais Geral de Bonsucesso e Clementino Fraga Filho (Fundão), que são do governo federal, para que tomem providências. “Não temos como punir funcionários federais. Vamos encaminhar o resultado para eles”, explica Di Masi.

Hellen Miyamoto, superintendente de Atenção Especializada da Secretaria de Saúde, ocupará, interinamente, o lugar da coordenadora da Central, Ellen Barroso, afastada. “A conclusão da sindicância apontou que a coordenadora falhou ao não adotar rotinas administrativas adequadas para evitar esse tipo de coisa. Mas não indica para má-fé”, diz Di Masi.

A partir de hoje, o estado terá comitê de acompanhamento de transplantes. Hoje, será divulgada a nova lista de pacientes de fígado.

Médico nega rejeição de órgão

dSegundo relatório encaminhado à Secretaria de Saúde pelo médico Renato Torres, coordenador da equipe do Hospital do Fundão, onde foi feito o transplante, a morte de Maria das Graças de Jesus Araújo não teria ocorrido por falta de compatibilidade do órgão, embora ela não tenha em nenhum momento figurado entre as 11 pessoas selecionadas para exames pré-operatórios.

“Segundo o médico, ela morreu devido a problemas infecciosos que não têm relação com a seleção errada. Mas os documentos serão analisados pelo corpo técnico”, diz Di Masi, acrescentando que não foi realizada necropsia na paciente.

O tipo sangüíneo do doador era compatível com a paciente operada. Mas a secretaria não soube dar informações sobre a compatibilidade do HLA, outro critério de compatibilidade usado na seleção do receptor.

“O Sistema Nacional de Transplante determina que seja selecionado paciente com maior compatibilidade, que varia de 25% e 100%. Quanto mais alto o percentual, menor o risco de rejeição do órgão”, explicou Alfredo Duarte, diretor da Associação dos Renais e Transplantados do Rio.

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Era essa a coordenadora que perseguia o Dr. Joaquim Ribeiro Filho na Central de Transplantes. Por que demorou tanto para sabermos desse erro? Por que não houve linchamentos midiáticos nessa caso? Exposição para as câmeras de televisão dos acusados - coordenadora e médicos do Hospital Geral de Bonsucesso e do Fundão? Tratamento muito seletivo o que foi dado ao Dr. Joaquim Ribeiro Filho!

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