Transplantada diz que médico preso salvou a sua vida
DA SUCURSAL DO RIO
A psicanalista Cora Vieira, 51, atribui sua vida ao médico Joaquim Ribeiro Filho, preso ontem e responsável pelo seu segundo transplante de fígado, em 23 de outubro de 2007. Contou que "estava à morte" novamente, devido a uma doença grave e rara -cirrose biliar primária-, oito anos após o primeiro transplante.
Para ela, que disse estar chocada com a ação da Polícia Federal, Ribeiro Filho "é dedicado e uma das melhores pessoas que existem no mundo". Cora foi operada após recorrer à Justiça e ter de lutar contra a Central Estadual de Transplantes, que afirma ser inoperante. "Recorreram várias vezes contra mim na Justiça, alegando que eu não estava à morte. Minha situação era muito grave."
Seu segundo transplante foi feito por Ribeiro Filho na clínica São Vicente, coberto pelo plano de saúde da psicanalista. "Se não fizesse lá, faria no Fundão." Ela contou que os clínicos da equipe não lhe cobraram a parte que lhes cabia, porque o plano não cobria e já lhe faltavam recursos após ter parado de trabalhar em abril, por impedimento da doença.
"Joaquim Ribeiro Filho tem uma ética fantástica, um médico profissional dedicado à causa. É um homem íntegro, batalhador. Está sendo perseguido por política, porque a central de transplantes é um caos e o secretário Sérgio Côrtes, um desafeto que o tirou de lá."
Folha de S. Paulo (Caderno Cotidiano)
São Paulo, quinta-feira, 31 de julho de 2008
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