Muito tenho me questionado acerca das razões que levaram ao linchamento ao qual meu irmão, Joaquim Ribeiro, tem sido submetido. Ele foi acusado pelo MPF de, supostamente, ter, em dois momentos, furado a fila de transplantes, no Rio de Janeiro.
No primeiro caso, ocorrido em 2003, foi usado um fígado marginal e já houve análise pelo CRM/RJ que considerou os procedimentos corretos. No segundo caso, em 2007, ele realizou a cirurgia mediante ordem judicial e usou um fígado que seria descartado, já que a rede pública de saúde do Brasil não tinha condições de transportar o órgão de Minas Gerais para o Rio de Janeiro – ou seja, ele usou um fígado que seria descartado e salvou uma vida.
Após o oferecimento da denúncia contra cinco médicos e a prisão do Joaquim, na primeira audiência os demais indiciados foram excluídos do processo. Onde estava a quadrilha, largamente alardeada pela imprensa?
Fica-me a impressão que a intenção era destruir a imagem de um médico competente e honrado. Muito já se falou nesse blog a esse respeito, alguns encontraram explicações na inveja que corrói o ser humano. A revolta de todos nós da framília aumenta cada vez mais.
O Joaquim nunca deixou de trabalhar pela melhoria do sistema de transplantes no estado, como confirmam as inúmeras entrevistas e reclamações que ele fez sobre o baixo número de captação de órgãos – causa para a existência de filas de espera por um transplante. A matéria “Esperança de recuperação para o fígado”, publicada na matéria da Revista “Ciência Hoje”, confirma a excelência de seu trabalho.
Com a implantação de novas técnicas cirúrgicas, capazes de tratar tumores, hemorragias e cálculos hepáticos pela equipe do Joaquim, criou-se alternativa à falta de doadores compatíveis.
Foi noticiado que uma dessas técnicas tinha 21 casos relatados no Japão e 15 na França e foi usada pela primeira vez no Brasil pelo Dr. Joaquim, sendo considerada uma esperança para pacientes em que o câncer tomou quase todo o fígado. Outro procedimento inovador, no Brasil, implantado pelo Joaquim e sua equipe foi o tratamento de pacientes com cálculos intra-hepáticos, decorrentes de graus avançados de doenças biliares. O tratamento cirúrgico era desenvolvido e usado só na China e o Dr Joaquim o implantou no Rio.
Além de provar sua capacidade, todas essas técnicas adotadas pelo Joaquim, algumas inéditas no Brasil, demonstram que ele não tem interesses escusos na realização de transplantes, pois elas reduzem o número de pessoas que precisam se submeter a esse tipo de cirurgia.
Mais uma vez eu pergunto: a quem interessa destruir o Dr. Joaquim e acabar com o transplante no HUCCF/UFRJ?
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
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