quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Transplante sem discriminação

Esperança
Fígados mais velhos têm o mesmo efeito após transplante


Publicada em 22/07/2008 às 14h07m
O Globo Online

RIO - Os pacientes com transplantes hepáticos (de fígado) que recebem o órgão de uma pessoa de mais de 60 anos têm resultados semelhantes aos que receberam o órgão de um doador mais jovem, afirmou um estudo realizado por médicos americanos e divulgado nesta terça-feira pela revista "Archives of Surgery".

Os médicos da Escola de Medicina da Universidade de Washington, em Saint Louis (Missouri), disseram que a descoberta deveria convencer os centros de transplantes a não discriminar pela idade os doadores de fígado. Em 2006, cerca de 10% de quase 17 mil pessoas na lista de transplante de fígado morreram devido à espera por um órgão compatível.

" Isto deveria assegurar aos cirurgiões quanto a que o uso do fígado de um doador mais velho pode ser tão positivo quanto o de um doador jovem "

A equipe de médicos analisou dados de 489 adultos com transplantes hepáticos. A maioria dos pacientes precisou de um novo órgão por conta de infecção pelo vírus da hepatite C.

O estudo indicou que não há diferenças na sobrevivência do receptor se o órgão doado for de uma pessoa de 60 a 70 anos ou de um doador jovem.

Mesmo com a resistência de alguns médicos, que acreditam que o órgão deve ser doado por uma pessoa mais jovem, os pesquisadores disseram que o uso de fígados mais velhos pode ser uma forma segura de ampliar a quantidade de órgãos disponíveis para transplantes.

- Os órgãos devem ser selecionados com muito cuidado, mas os especialistas devem considerar usá-los, especialmente em pacientes que morrem na fila de espera devido à escassez de doadores - disse o médico William Chapman, que liderou a pesquisa.

- Isto deveria assegurar aos cirurgiões quanto a que o uso do fígado de um doador mais velho pode ser tão positivo quanto o de um doador jovem - assinalou a pesquisa.

Em termos gerais, os transplantes de fígado são realizados de um doador que morreu. No entanto, em alguns casos uma pessoa pode doar parte de seu órgão a um paciente previamente designado.

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